Show de Chico
Este é único momento em que me permiti parar de curtir o show do Chico ontem, para fazer uma imagem tão boa quanto meu celular permite.
(Evito ficar fazendo "n" fotos e vídeos do momento bom que estou vivendo, senão ficaria preocupado demais, condenado a vivê-lo realmente depois, e não naquele presente.)
O violonista de cabeça bem branca aqui mais à frente é Luiz Claudio Ramos, regente e arranjador do show, parceiro de Chico há quase 40 anos.
Foi a primeira vez que vi Chico, de quem sou fã há muito tempo, desde a adolescência, quando juntava dinheiro duramente para comprar seus discos — ainda em vinil.
Naquela época, talvez me empolgasse ainda mais com seu show. Mas ontem ainda foi incrível, com a Eliane ao meu lado se divertindo como nunca.
O ponto alto para mim foi a enérgica interpretação de "Geni e o zepelim", música absolutamente genial, provavelmente a melhor letra do Chico — mas, ai, como seria difícil fazer essa escolha...
Algumas músicas do disco novo me soaram melhor no show do que em casa. Mas Chico se tornou bissexto demais na música, não sei se é ele que perde a embocadura ou nós que acabamos perdendo a "ouvidura" com a folga exagerada que ele nos dá. São boas canções que não parecem ter o brilhantismo de dezenas e dezenas de suas composições lançadas entre os anos 60 e 80.
Um momento particularmente terno foi durante uma música que ele cantou sem tocar violão, apenas sentado no banquinho. Com as mãos pousadas nas coxas, exibia, em um traje todo escuro bem pegado ao corpo, uma compleição franzina, de quem está chegando aos 70 anos...
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