terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O acaso determina nossas vidas?

Este livro foi tão badalado por jornais e revistas que chegou a se esgotar na Livraria Cultura e eu precisei esperar 5 dias até a reposição de estoque para poder comprá-lo.

Apesar de estar fazendo tal sucesso, imaginei que o livro pudesse ser realmente bom. Entre créditos e débitos, deixo o saldo no azul. Há passagens incríveis e ideias que todas as pessoas deveriam conhecer e se esforçar para compreender.

A primeira delas é a demonstração de como fazemos julgamentos errados ao ignorarmos dados estatísticos. Com exemplos muito claros retirados dos esportes, das artes, dos negócios, etc., ele prova que, de um modo geral, não podemos analisar o desempenho de um profissional tendo por base somente os resultados que ele obteve num curto espaço de tempo.

Um bom profissional tende a conseguir melhores resultados ao longo do tempo, embora num período curto (um mês ou um ano) possa ter um desempenho ruim, inferior ao de um concorrente não tão bom que tenha tido mais sorte.

A prova da grande dificuldade das pessoas de entenderem probabilidades (e fazerem escolhas melhores) está no relato do famoso problema de Monty Hall. Eu não imaginava que esse paradoxo fosse tão largamente "contestado" por aqueles que não o compreendem bem.

Boa leitura, mas Mlodinow poderia ter diminuído o livro a menos da metade de seu tamanho, mantendo o essencial e talvez estruturando um pouco melhor.

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