O “ceticismo”
Os autoproclamados “céticos” são os fariseus da Ciência.
Eles se preocupam com uma casca, não com os sentidos mais profundos da investigação científica, da qual costumam na verdade ter uma visão equivocada.
O ceticismo fundamental não é uma escola, não é uma bandeira de pensamento. O ceticismo é um aspecto do trabalho científico, uma estratégia de investigação.
A Ciência existe para fazer descobertas importantes, não para dar corda aos preconceitos de ateus que precisam de um norte (e não, eu não sou religioso). Afinal, a essência do ceticismo é a “suspensão do juízo”, e a seita dos céticos é a primeira a crocitar juízos sobre qualquer coisa.
É por isso que o professor Marcello Truzzi escreveu, em 1987, um célebre artigo sobre esses que chamou de “pseudocéticos”. Destaco o trecho abaixo:
Na ciência, o ônus da prova recai naquele que faz a alegação, e quanto mais extraordinária for a alegação, mais pesado é o ônus da prova que se exige. O verdadeiro cético toma uma posição agnóstica, ou seja, diz que a alegação não foi provada, em vez de dizer que ela foi refutada. Afirma que aquele que fez a alegação não sustentou o ônus da prova e que a ciência deve continuar a construir o seu mapa cognitivo da realidade sem incorporar a alegação extraordinária como um "fato novo".
Uma vez que o verdadeiro cético não faz uma alegação, ele não tem nenhum ônus para provar o que quer que seja. Ele apenas continua usando as teorias estabelecidas da "ciência convencional", como de costume. Mas se um crítico afirma que há evidência para realizar uma refutação, que ele tem uma hipótese negativa — dizendo, por exemplo, que uma aparente manifestação psíquica era na verdade devido a um objeto concreto —, ele está fazendo uma alegação e, portanto, também passa a sofrer o ônus da prova.
[Tradução livre, com apoio do tradutor do Google. Vejam o original em inglês desse trecho.]
Esse trecho é muito esclarecedor para a questão. Você só precisa compreender a diferença entre as duas afirmações abaixo:
1) A teoria está errada.
2) Não foi provado que a teoria está certa.
Agora releia a citação acima!
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