sábado, 2 de março de 2013

O colapso de alguma coisa

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O título do livro e a descrição na quarta capa são bastante alarmistas. O foco da obra é realmente atrair pelo sentimento natural de medo.

Isso não quer dizer que as ameaças apontadas não sejam consistentes. O autor não perde a oportunidade de relatar os casos em que colapsos de fato aconteceram, ou foram simulados com precisão.

Mesmo assim, o livro tropeça um pouco no óbvio e no vago, pelo menos no meu ponto de vista. Nesse sentido, talvez seja uma leitura mais frutífera para um jovem, ou mesmo um adolescente ainda tateando na perspectiva das desgraças.

O que sem dúvida é mais interessante no livro - embora seja um tanto repetitivo nesse ponto, um bom artigo de Malcolm Gladwell daria conta do assunto - é sua explicação sobre a "sobrecarga de complexidade", que é "a responsável por precipitar a ocorrência dos eventos extremos".

Um exemplo básico dessa complexidade, para que se possa imaginar o que o autor está descrevendo, é a grande interdependência entre certos sistemas como a eletricidade, a internet e aparelhos eletrônicos. Uma pequena falha em um desses elementos pode derrubar tudo.

Os dois capítulos mais assustadores falam do risco de pragas devastadoras provocarem uma queda gigantesca no abastecimento de alimentos, e o possível uso terrorista de um ataque por pulso eletromagnético.

Em terceiro lugar — mas isso não é novidade — vem o sério problema da herança nuclear da Guerra Fria, essas ogivas zanzando por sabe-se lá onde…

Interessante o capítulo sobre o “fracasso da globalização”. Não me parece tão convincente como abrupto divisor de águas — como as outras hipóteses —, mas são boas seus apontamentos sobre os problemas na União Europeia, a fuga de empregos americanos para a China, etc.

Se você é um autor de ficção científica procurando temas para distopias futuristas, encontrará neste livro um cardápio excelente!

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